Médicos do Samu cruzam os braços
De acordo com o sindicalista, as condições de trabalho dos médicos do SAMU fizeram com o que grande parte dos profissionais abandonasse suas funções por salários melhores em outras áreas. Segundo ele, o atual contingente que deveria contar com 140 médicos tem apenas 74 profissionais, quase metade do número ideal.
Ele conta que a grande defasagem acontece, entre outros motivos, devido ao salário irrisório. “Até profissionais concursados chegaram a deixar os postos por causa do salário baixo. Atualmente, um médico regulador ganha em torno de R$ 3.200 e o intervencionista (socorrista) recebe em média R$3.800”, informou Magalhães.
Ainda segundo ele, o salário dos profissionais de enfermagem do município é quase o dobro dos médicos do SAMU, chegando a R$ 6.500. Para tentar corrigir o problema, o sindicato sugere a criação do plano de cargos e salários para a categoria, seguindo os moldes adotados para profissionais que prestam serviço ao estado.
Para chegar a um acordo, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego agendou um encontro entre os gestores da saúde do município e representantes do Sindimed, na sede da instituição no final da manhã dessa quarta-feira (3/4), mas a reunião não ocorreu.
De acordo com o presidente do Sindimed, um desencontro entre as partes impediu a reunião, agora agendada para o dia 10, às 11 horas, na SRTE, localizado na Avenida Sete de Setembro.
Na última segunda-feira, os médicos do SAMU denunciaram a situação na Câmara Municipal, com o objetivo de conseguir o apoio dos vereadores na intermediação do diálogo dos trabalhadores junto ao Executivo e a Secretaria de Saúde do município.
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