Saúde de presos em greve de fome em Guantânamo 'se deteriora'

15/03/2013 08:57

 

 

De acordo com os advogados, a maioria dos presos do campo 6 está com a saúde comprometida por causa do protesto

Advogados de prisioneiros na base americana de Guantânamo, em Cuba, enviaram uma mensagem nesta quinta-feira ao chefe do Pentágono, Chuck Hagel, para alertar sobre uma greve de fome em massa que ameaça a saúde dos prisioneiros.

 

Em uma carta a qual a agência AFP teve acesso, 45 advogados informam que 12 defensores já enviaram uma mensagem ao comandante da prisão, mas não obtiveram resposta. Por isso, resolveram se dirigir agora ao secretário de Defesa, que em 2005 - enquanto era senador republicano - afirmou que a polêmica prisão era uma das razões pelas quais os Estados Unidos teriam perdido "a guerra de imagem no mundo".

 

Os advogados defenderam que "a maioria dos homens do campo 6, que abriga a maior quantidade das 166 pessoas que ainda permanecem detidas em Guantânamo, estão em greve de fome desde o dia 6 de fevereiro".

 

O capitão Robert Durand, diretor de comunicação de Guantânamo, deu informações na segunda-feira sobre nove pessoas em greve de fome, cinco das quais estavam sendo alimentadas através de sondas introduzidas no estômago.

 

"Seu estado se deteriora", relataram nesta quinta-feira os advogados. Os presos perderam entre 9 e 13 quilos e ao menos 24 prisioneiros perderam a consciência devido às baixas taxas de glicose em seu sangue, informa a carta.

 

A greve de fome começou na última segunda-feira em protesto contra o confisco de bens pessoais no início de fevereiro, incluindo exemplares do Alcorão.

 

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