Aborto: como algumas religiões entendem o assunto

21/04/2013 10:52

A pergunta sobre o que é vida e quando ela começa é uma polêmica muito antiga, cheia de contradições e respostas diferentes

 

Daniella Zanotti
dzanotti@redegazeta.com.br

A pergunta sobre o que é vida e quando ela começa é uma polêmica muito antiga, cheia de contradições e respostas diferentes. Tentar desvendar a origem da vida humana é motivo de impasse, principalmente, quando o que está em jogo é a criminalização do aborto. A polêmica fica ainda mais acirrada quando entra no campo das religiões.

Para católicos, evangélicos, espíritas e seguidores de outras religiões, a vida surge com a fecundação, no momento do encontro de um óvulo e de um espermatozoide, portanto o aborto é expressamente proibido e inaceitável. Para esses religiosos, o aborto é como um assassinato, e nem a gestante nem ninguém pode decidir quem vive e quem morre.

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Mesmo no caso de uma gestação que seja fruto de uma violência sexual ou em que haja um grande trauma, as igrejas defendem a entrega da criança para a adoção sem abrir brechas para o aborto.
“Impedir a vida é uma covardia”, defende o arcebispo de Vitória, dom Luiz Mancilha Vilela.

Para o presidente da Associação de Pastores da Grande Vitória, Enoque Castro, não há qualquer diferença entre um zigoto de um dia e um homem de 80 anos. “A vida é um princípio absoluto e, como tal, é inegociável”, destaca.

Já o judaísmo nem bane nem libera o aborto totalmente. Há várias correntes com entendimentos diversos, mas o aborto seria “permitido” quando a gravidez envolve risco de vida para a mãe ou resulta de estupro.

Contrariando a posição das igrejas, vários países já permitem o procedimento, e, no Brasil, a reforma do Código Penal que tramita no Senado pode ampliar as situações para aborto legal 12 semanas.

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