Dois membros da Irmandade Muçulmana no norte do Egito foram indiciados por acusações de prender e torturar estudantes durante protestos contra o atual presidente do país, Mohamed Morsi.
O escritório da promotoria em Damanhour disse neste domingo (14) que os homens foram acusados de deter e espancar estudantes em novembro no escritório da Irmandade na cidade do Delta do Nilo durante os conflitos entre os oponentes de Morsi e seus apoiadores islâmicos.
As acusações são um raro reconhecimento dos supostos papéis que alguns dos apoiadores do presidente tiveram nos ataques contra seus oponentes.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos sugeriu neste mês que o Egito estava seletivamente processando pessoas acusadas de insultar o governo, ao passo que ignoravam ou minimizavam os ataques a manifestantes antigoverno.
Oponentes de Morsi também o acusam de tentar dominar as instituições do Estado como o judiciário. O presidente disse estar trabalhando para livrar o governo de corruptos remanescentes da era de Hosni Mubarak, deposto por levante popular em 2011.
Representantes da Irmandade no Cairo não estavam imediatamente disponíveis para comentários, diz a agência Reuters.